sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Desenvolvimento cognitivo do bebé (dos 0 aos 12 meses)

Conheça as principais etapas do desenvolvimento cognitivo no 1º ano de vida do seu bebé: perceções, reações e competências do recém-nascido até aos 12 meses de idade.
Desenvolvimento cognitivo do bebé (dos 0 aos 12 meses)Consideram-se três grandes áreas de desenvolvimento infantil: motor, cognitivo e emocional. Estas três grandes áreas de desenvolvimento interligam-se, influenciam-se e acontecem simultaneamente.

Contudo, em determinados momentos, uma área pode ter mais protagonismo do que as outras, sem deixar de coabitar, a toda a hora, de noite ou de dia. E, em cada uma delas, pais, bebé e genética têm o seu papel.

No primeiro ano de vida o cérebro do bebé cresce e experimenta o mundo através dos sentidos. São eles que lhe permitirão aprender, mas a estimulação exterior é fundamental. Aprender, no primeiro ano, não é fácil porque o corpo e as competências cognitivas do bebé ainda estão em desenvolvimento.

Os sons e as cores ainda podem parecer confusos. As primeiras experiências de aprendizagem são de causa/efeito e imitação, apoiando-se nas etapas que o bebé vai atingindo fisicamente. Por exemplo, explorar texturas e formas, são feitas quando o bebé já tem capacidade para segurar um brinquedo. Primeiro ganha mestria na aptidão física que, depois, propicia o desenvolvimento cognitivo e sensorial do objecto.

O desenvolvimento cognitivo e psicológico também acontece de forma sequencial e por etapas.

Desenvolvimento cognitivo dos 0 aos 12 meses:

Recém-nascido
Ao nascer, as primeiras impressões visuais do bebé são de luz e escuridão. Este é o motivo pelo qual muitos brinquedos dirigidos a recém-nascidos são a preto e branco.
As reações aos outros são pouco notórias, mas existem.
Ao nascer, por já ser capaz de ouvir, já reage à voz humana, embora ligeiramente. Após duas semanas, é capaz de o fazer intencionalmente, principalmente quando ouve as vozes dos pais.
Também reage ao contacto visual, desde que os objetos/pessoas se encontrem dentro dos limites do seu campo de visão.
É capaz de mostrar as suas necessidades, comunicando-as através do choro. À medida que vai conhecendo o seu bebé, aprenderá a reconhecer o seu choro e a identificar as suas causas.


1 mês
Reage aos sons fortes com desaprovação e aos sons calmos com agrado.
Faz movimentos bruscos de reflexo com o corpo como mostra de excitação ou alegria.
Consegue seguir um objeto com os olhos.
Vocaliza quando estimulado ou quando se conversa com ele.


2 meses
É muito sensível ao rosto humano e já fixa a sua atenção num rosto. O rosto dos pais, e principalmente da mãe, tem um grande poder de o acalmar.
Reage de forma diferente a um sorriso ou a uma gargalhada.
Reage com atenção e curiosidade ao mundo exterior, principalmente, aos sons.
Mostra interesse por determinados objetos.
Palra.


3 meses
Ganha consciência do seu próprio corpo e começa a explorar o mundo com as mãos.
Já responde, em vez de reagir, quando se fala com ele e fá-lo mexendo o corpo, emitindo sons e sorrindo.


4 meses
Imita os sons que ouve à sua volta.
É muito curioso com o ambiente e o mundo à sua volta, e observa tudo com muita atenção. Como já não está só deitado, o mundo visto de uma nova perspetiva parece novo.
Reconhece objetos e rotinas.
A descoberta do seu corpo continua e os pés são a nova atração.
Procura o objeto caído.


5 meses
A capacidade de atenção está a aumentar e já fica a fazer a mesma coisa por mais tempo.
Usa o seu corpo, movimentos e sons, para chamar a atenção sobre si.


6 meses
Usa determinados mecanismos físicos para garantir uma reação específica do adulto. Por exemplo, ergue os braços para pedir colo.
Reage ao seu próprio reflexo num espelho, como se de outro bebé se trata-se.
Pode começar a mostrar sinais de timidez ou estranheza a alguns adultos e estranhos.
Reage a algumas palavras familiares como o seu nome ou palavras do seu quotidiano e demonstra-o com uma resposta física como olhar.
Possui uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve.
Já articula monossílabos como ‘ba’ ou ‘da’.
Gosta de fazer e brincar ao ‘cu-cu’.


7 meses
O ‘não’ começa a ganhar significado.
Usa o seu corpo para atingir os seus objectivos e satisfazer a sua curiosidade. Por exemplo, movimentar-se para chegar a um brinquedo.
Não desiste facilmente.
Quando vê um objeto a desaparecer, procura-o. Já sabe que o objecto existe mesmo quando não o vê, desde que o tenha visto desaparecer. A memória é uma competência em desenvolvimento.
Já brinca.


8 meses
A memória é a capacidade a ser mais desenvolvida nesta fase.
Procura o objeto escondido.
Reconhece jogos, músicas e rimas familiares.
Compreende o seu nome e responde quando o chamam.
Já diz ‘baba’ ou ‘dada’.
Já aponta.


9 meses
Faz coisas com o seu corpo, como dizer adeus ou esticar o pé para ser calçado.
Começa a repetir rimas com movimentos associadas.
Sabe que o objeto existe mesmo quando não o vê e, se você o esconder, vai procurá-lo.


10 meses
Brinca com livros e com as suas ilustrações.
Brinca a atirar objetos, procurando-os ou interagindo com os outros para que os procurem.
Fisicamente, está a ganhar mestria na capacidade de agarrar.
Adquire o conceito de espaço, como aqui, ali, em cima e em baixo.


11 meses
Desenvolve o sentido de humor.
Age conscientemente na procura de atenção e reacção dos adultos, fazendo graças.
Abana a cabeça para dizer que sim.
Pode iniciar-se na fala através da repetição de sílabas iniciais de uma palavra ou na pronunciação de palavras pequenas. Se estimulado nesse sentido, já sabe dizer o nome ou repetir palavras.


12 meses
Interage segundo as regras sociais que lhe são ensinadas, como cumprimentar com um beijo.
Diz palavras e compreende indicações e frases simples como ‘onde está o brinquedo?
Identifica personagens favoritas dos livros ou desenhos animados.
Convida e procura a interação com os outros para brincar.
Gosta de jogos de causa e efeito.
Nota: As tabelas que elaboramos para si apresentam as competências esperadas de uma criança numa determinada idade, dos 3 aos 12 meses. No entanto, não se prendam demasiado às competências esperadas. O vosso filho pode estar mais avançado em algumas áreas e menos noutras sem que isso represente motivo de preocupação ou sinal de atraso no desenvolvimento. Estas tabelas são apenas um guia que pode ajudar a decidir o que podem fazer para estimular e ajudar o vosso filho a crescer saudável, feliz e com vontade de aprender.


(http://www.maemequer.pt/)

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