domingo, 3 de outubro de 2010

Por uma vida mais feliz

Algumas vezes nos perguntamos se estamos sabendo viver, ou então nos deparamos com uma situação em que constatamos a inflexibilidade de certas posições de pessoas próximas, amigos ou parentes. E a questão volta a se colocar: Será que fulano está sabendo viver? Será que não está sendo estrito, engessado em posições que não correspondem mais aos dias de hoje?

Pois é, nem sempre somos capazes de responder, tal a interferência dos novos tempos, dos novos padrões culturais. O que pensávamos na nossa adolescência, o que nos foi ensinado na nossa infância são pontos de vista voláteis, que hoje não contam mais.

Portanto estamos falando de flexibilidade, de capacidade de percepção de nuances ou até transformações radicais que se colocam nos dias atuais. Essa capacidade de identificar e acolher as mudanças que se impõem possibilita a chance de se arrepender, retificar caminhos, promover novas escolhas e de se adequar melhor no que verdadeiramente satisfaz.

Enfim, se dar conta de que as coisas acontecem muito em função do desenvolvimento tecnológico e cultural, mas que também dependem imensamente da nossa postura diante da vida, da satisfação e capacidade de desfrute que ela nos proporciona. Isso se aplica naturalmente às várias esferas de convívio, seja familiar, social, profissional. Como dizia Cecília Meirelles "A vida só é possível reinventando-a".

Aquele que consegue ter entendimento da inevitabilidade do ciclo de perdas progressivas que sofremos na vida e que seja capaz de encontrar entre as perdas o reconhecimento das coisas boas, das qualidades, certamente terá mais chance de se sentir mais feliz, mais pleno. Podendo assim conquistar uma arte de viver mais genuína.

Por isso, paixão pela vida está em conseguir extrair prazer de pequenas coisas, como o cheiro bom do café recém coado, como de uma conversa despretensiosa. De saber reconhecer não apenas as grandes conquistas, mas especialmente saber valorizar o prazer de todo o processo de qualquer conquista.

Pensando mais detidamente na forma subjetiva de encararmos a vida diríamos que não convém ficar preso em idealizações e com isso perder o contato com os processos. Não vale a pena ficar cativo apenas dos sucessos, mas sim poder ter a sintonia e a percepção dos ritmos do tempo e do corpo. Mais ligado na qualidade do fazer e especialmente no deseja.

Fonte: www.yahoo.com.br (vou colocar no Portal)

Um comentário:

Unknown disse...

desculpe não ter comentado no seu site antes, estou meio atarefada, e sem net...
gostei deste texto!!