sábado, 10 de julho de 2010

AMOR E ÓDIO: A GRANDE AMBIVALÊNCIA HUMANA

Como escreveu Paul Tillich, renomado professor de Harvard, que o amor é o sangue da vida, o poder de reunião do que está separado. Amar a si mesmo é bom, mas... Incompleto, não é mesmo? Ser separado é doce, mas a ligação com alguém de fora de nós mesmos é muito mais doce. Nossa mãe, o primeiro amor, nos dá as primeiras lições de amor, ou seja, é nosso socorro e nosso abrigo.

Segundo o psicanalista Erich Fromm, ele faz a distinção entre:
1. Amor infantil que segue o princípio de que amo porque sou amado.
2. Amor amadurecido que segue o princípio sou amado porque amo.
3. Amor imaturo que digo eu o amo porque preciso de você.
4. Amor adulto que diz preciso de você porque o amo.

Segundo VIORST (2005), o ódio é uma palavra que sempre provoca constrangimento, pois pode ser feio, excessivo, descontrolado. O ódio envenena a alma! Pior do que não ser bom, é a idéia de que temos sentimentos de ódio para com as pessoas a quem se ama, e mesmo a idéia de que desejamos mal a elas, ao mesmo tempo em que desejamos bem, eis aqui o dilema da AMBIVALENCIA HUMANA. A presença do ódio no amor é comum, mas só reconhecida com relutância.

Freud, o grande mestre psicanalista, diz que é alheia à nossa inteligência e aos nossos sentimentos, a união do amor com o ódio. Contudo, a natureza usando este par de opostos, consegue sempre manter o amor vigilante para protegê-lo do ódio que espreita atrás dele. Possivelmente, devemos o desabrochar mais belo do nosso amor, à reação contra os impulsos hostis que sentimos no íntimo.

Suely Bischoff Machado de Oliveira
Psicóloga
CRP06/8495

((Texto da dra Suely que eu publiquei no Portal com muito orgulho!! *-*))

Um comentário:

Unknown disse...

Que incrivel este texto, adorei e concordo muito !!
Como diz a Madre Tereza " O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença"